segunda-feira, 18 de agosto de 2008

PROGRAMA Nº 24


Caros ouvintes, em nosso vigésimo-quarto programa apresentamos Pique, uma audioficção inédita que se compõe de dez partes. Os textos são de autoria de Andréa Catrópa, que divide a direção com Sérgio Nesteriuk. A trilha é do músico Rafael Agra. As faixas de Pique são: 1) “assassino”, interpretada por Paschoal da Conceição, 2) “mendigo”, com leitura de Dárcio Oliveira, 3) “mulher do interior”, com a atriz Mariana Senne, 4) “homem no bar”, com Renato Consorte, 5) “motorista”, interpretada por Georgette Fadel, 6) “cigana”, interpretada por Mila Ribeiro, 7) “mãe”, com Andréa e Natasha Catrópa, 8) “menino”, com Jorge Forjaz, 9) “tio”, com Luís Marmora e 10) “pai”, com o ator Paschoal da Conceição.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

PROGRAMA 23



O entrevistado e responsável pelas dicas culturais neste programa é Fábio Aristimunho Vargas. Ele nasceu em Ponta Porã (1977) e passou a infância em Foz do Iguaçu. Mestre em Direito Internacional pela USP, atua como poeta e tradutor. É autor do livro de poemas Medianeira (Quinze & Trinta, 2005) e foi um dos organizadores do Tordesilhas: Festival Ibero-Americano de Poesia. Fábio também escreve no blogue Medianeiro: (http://medianeiro.blogspot.com)
No quadro sonar, apresentamos dois poemas sonoros de Philadelpho Menezes: "Encontro amoroso" e "Poema sonoro para sarau".
A trilha do programa inclui o trechos de "Noa Noa", também de Ramil, , e de "Txoria Txori", canção tradicional basca.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

PROGRAMA Nº 22



Neste programa apresentamos a entrevista que foi gravada pelo poeta Ricardo Domeneck, na Alemanha, respondendo a perguntas que lhe enviamos por e-mail. Ele nasceu na cidade paulista de Bebedouro, em 1977. É autor dos livros Carta aos anfíbios (Editora Bem-Te-Vi, 2005) e A cadela sem Logos (Cosac Naify/7Letras, 2007), e um dos editores da revista Modo de Usar & Co e da Hilda Magazine, que pode ser acessada em http://hildamagazine.net.
Nas dicas culturais, confira as sugestões do poeta paulista Marcos Siscar.
O sonar traz uma adaptação em áudio de um poema sem-título de Angélica Freitas, com leitura de Carol Martins e trilha de Rafael Agra.

O programa apresenta também trechos de músicas de Cat Power, Portishead e Radiohead.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

PROGRAMA Nº 21

fonte da imagem: site da FLIP 2008

Nosso entrevistado é o poeta, crítico e tradutor Marcos Siscar. Ele nasceu em 1964, na cidade paulista de Borborema. Formado em Letras pela Unicamp, fez doutorado e pós-doutorado na França e a livre-docência na UNESP, onde atua como professor desde 1996. Como poeta, Siscar publicou os livros Não se Diz (Editora 7Letras,1999); Tome seu café e saia (Editora 7Letras, 2001), Metade da Arte, (Editora Cosac & Naify/7 Letras, 2003); e O Roubo do Silêncio, (Editora7 Letras, 2006).
Nas dicas culturais, trazemos as sugestões do poeta Reynaldo Damázio.
O quadro sonar apresenta a sonorização do poema "Mula", de Ricardo Domeneck, feita pelo duo Tetine. Confira!

A trilha do programa traz um trecho da "canção IX" (com Monica Salmaso) e as canções "II" (com Verônica Sabino) e "III" (com Maria Bethânia). Todas fazem parte do CD Ode contínua e remota para flauta e oboé, do selo Saravá Discos, que traz poemas de Hilda Hilst musicados pelo maranhense Zeca Baleiro.

domingo, 13 de julho de 2008

PROGRAMA Nº 20




Nosso entrevistado é Reynaldo Damazio. Paulistano, nasceu em 1963. Formou-se em Ciências Sociais na USP e atua profissionalmente como jornalista, tradutor, crítico e editor. Colaborou com o jornal Folha de S. Paulo, com a revista Cult e com diversas outras publicações. É editor executivo do site Weblivros (www.weblivros.com.br), e além de seu volume de poemas, Nú entre nuvens (Ciência do Acidente, 2001), têm publicados outros dois livros: O que é criança, da coleção Primeiros Passos (Editora Brasiliense); e Poesia, linguagem, com tradução de poetas latino-americanos, publicado pelo Memorial da América Latina.
Nas dicas culturais, confira as sugestões de Frederico Barbosa.
O quadro sonar traz a adaptação sonora do poema "Mind the gap", do poeta paulista Marcos Siscar.
A trilha do programa traz trechos de duas faixas do CD Let's play that, de Jards Macalé com participação de Naná Vasconcelos. A primeira, uma parceria de Jards e Torquato Neto, é homônima ao título da obra; a segunda, chama-se "Luz".

PROGRAMA Nº 19

Fonte: http://fredbar.sites.uol.com.br/


Para ouvir, clique aqui.


Nosso entrevistado é Frederico Barbosa nasceu em Recife em 1961. Transferiu-se com seus pais em 1967 para a cidade de São Paulo, onde mora até hoje. Crítico e consultor de literatura, escreveu artigos e organizou diversos livros e coleções para jornais e editoras.
Como poeta, Frederico possui sete livros publicados, destacando “Rarefato” (Editora Iluminuras, 1990) e Brasibraseiro (Editora Landy, 2004) com os quais ganhou o Prêmio Jabuti. Atua ainda como diretor da “Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura”, espaço público destinado à reflexão e à divulgação da poesia.

Nas dicas culturais, trazemos as sugestões do poeta Ruy Proença.
O quadro sonar traz adaptação em áudio do poema de Ana Rüsche, “Lugar comum 10: Salomé”.
Trechos de duas faixas do CD “Os Lusíadas”, de Mawaca , compõem a trilha do programa: “Cais” e “Fado”.

PROGRAMA Nº 18

 


 Nossa entrevista neste programa é com Ruy Proença, que nasceu em 1957, na cidade de São Paulo. Ruy é engenheiro de minas, poeta e tradutor. Participou de diversas antologias de poesia, entre as quais Pindorama: 30 poetas de Brasil (Revista Tsé-tsé, nºs 7/8, Argentina, 2000) e Antologia comentada da poesia brasileira do século 21 (Publifolha, 2006). É autor de diversos livros de poesia, como A lua investirá com seus chifres (Giordano, 1996); Visão do térreo (Editora 34, 2007) e o livro de poemas infanto-juvenis de Coisas Daqui (SM, 2007).
Confira as dicas culturais da poeta Ana Rüsche.
No sonar, apresentamos adaptação em áudio do poema “Lascaux”, de Frederico Barbosa.
A trilha do programa traz trechos das canções “Os açougueiros felizes”, “Balada triste do progresso” e “Bate em mim”. Todas fazem parte do CD “Letícia Coura canta Boris Vian” (2000), no qual a cantora e compositora brasileira apresenta suas bem-humoradas versões para músicas do artista francês.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

PROGRAMA Nº 17

fonte: site Germina

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Neste programa, nossa entrevistada é a poeta e advogada paulistana Ana Rüsche. Nascida em 1979, publicou os livros de poesia Rasgada (2005) e Sarabanda - Um Caderno de Estudos (Selo Demônio Negro, 2007) .Ainda pelo Selo Demônio Negro publicou seu romance Acordados - fragmentos, contemplado pelo prêmio do PAC - Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Foi publicada em diversas antologias e revistas, entre elas estão: Oitavas (bilíngüe, Selo Demônio Negro, 2006), 8 Femmes (org. Virna Teixeira) e Caos Portátil (bilíngüe, Ed. Billar de Lucrécia, 2007 - México). Ganhou o prêmio Versos Femininos, Programa da Prefeitura de São Paulo, 2004, e foi finalista do Prêmio Nascente - USP, 2007 com o texto “do amor - o dia em que rimbaud decidiu vender armas“.

As dicas culturais ficam por conta do poeta e editor carioca Carlito Azevedo.

No sonar, confira a bela adaptação sonora do poema “Fila”, do poeta paulista Tarso de Melo.
A trilha do programa traz trechos das canções “O doce e o amargo”, “Caixinha de música do João” e “Tercer Mundo ”, dos Secos & Molhados.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

PROGRAMA Nº 16

Fonte: site da Cosac Naify

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O entrevistado deste programa é Carlito Azevedo, que nasceu em 1961, na cidade do Rio de Janeiro. Formado em Letras pela UFRJ, recebeu o prêmio Jabuti por seu livro de estréia, Collapsus Linguae (1991). O poeta e editor é também autor de outros quatro livros, dentre os quais se destacam Sob a noite física (1996) e Sublunar, uma antologia lançada em 2001 que reúne uma seleta de 10 anos de produção do autor. Desde 1997, Carlito é também um dos editores da revista Inimigo Rumor, e coordena a coleção de poesia Ás de Colete, fruto de uma parceria entre as editoras Cosac Naify e 7 Letras.

O poeta Heitor Ferraz é o responsável pelas dicas culturais desta semana.

O sonar traz uma adaptação sonora do poema “Santa Tereza”, da poeta carioca Ligia Dabul, e “A rosa púrpura do Cairo”, do poeta Fábio Weintraub.

A trilha do programa apresenta trechos das canções “A cidade”, “Cariocas” e “Canção por acaso”, todas do CD Marítimo, de Adriana Calcanhoto.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

PROGRAMA Nº 15



Este programa traz uma entrevista com Heitor Ferraz Mello, que é poeta, jornalista e professor de Jornalismo Cultural na Fundação Cásper Líbero. É mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo, onde defendeu a dissertação "O rito das calçadas: aspectos da poesia de Francisco Alvim". Trabalhou como jornalista no Jornal da USP, Jornal da Tarde, Agência Estado. Colaborou como crítico de literatura na Folha de S. Paulo, revistas Cult, Entrelivros e Bravo! Foi editor-assistente na Edusp, na Editora Cosac & Naify; foi editor na Editora Códex e editor-adjunto na Editora Estação Liberdade. Faz parte do comitê editorial da revista de poesia Inimigo Rumor. Publicou quatro livros de poesia, que se encontram hoje reunidos no volume Coisas imediatas, e prepara, para 2008, o livro Um a menos, com patrocínio cultural da Petrobras. Escreve a coluna “Poesia presente”, na revista eletrônica “Trópico”.

No quadro das dicas culturais, confira as sugestões da poeta e pesquisadora Annita Costa Malufe .

O sonar traz adaptações sonoras do poema “Delírio”, de Reynaldo Damázio, e “vento”, de Carlito Azevedo.


PROGRAMA Nº 14



Nossa entrevistada é Annita Costa Malufe. Paulistana, nasceu em São Paulo, em 1975. É doutora em Teoria e História Literária pela Unicamp e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, com o ensaio Territórios dispersos: a poética de Ana Cristina Cesar (SP, Annablume/Fapesp, 2006).
Seus poemas encontram-se publicados em Fundos para dias de chuva (RJ, 7Letras, Coleção Guizos, 2004) e Nesta cidade e abaixo de teus olhos (RJ, 7Letras, 2007), além de antologias, sites e revistas literárias.
Desde 2004 realiza com o compositor Silvio Ferraz o trabalho poema-em-música (leitura de poemas com processamento eletrônico em tempo real) que já foi apresentado em diversos lugares, como Sesc (de Santos e Vila Mariana, SP), Sesi/Fiesp, Centro Maria Antonia (USP), Encuentro de Compositores de Chile, Bienal de Mato Grosso (Cuiabá), auditórios da UFAL (Maceió) e UFBB (João Pessoa), Espaço Oi Futuro (Rio de Janeiro), Espaço Cultural CPFL (Campinas, SP), entre outros.

No quadro das dicas culturais, temos as sugestões do poeta e tradutor Rodrigo Garcia Lopes.

O sonar apresenta duas adaptações sonoras: a primeira, do poema “Luz”, de André Dick, a segunda, de um poema sem-título de Heitor Ferraz.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

PROGRAMA Nº 13



Nossa entrevista neste programa é com o poeta e tradutor Rodrigo Garcia Lopes. Ele nasceu na cidade de Londrina (Paraná). Formado em Jornalismo, trabalhou em diversos jornais e veículos literários. De 1990 a 1992 viveu nos Estados Unidos, onde realizou o mestrado e entrevistou intelectuais e artistas, como Allen Ginsberg, Charles Bernstein e Marjorie Perloff, entre outros. Dessas entrevistas resultou o livro Vozes & Visões: Panorama da Arte e Cultura Norte-Americanas Hoje (Iluminuras:1996). Entre seus livros de poemas, destacam-se Solarium (Iluminuras:1994), Polivox (Azougue: 2001) e Nômada (Lamparina: 2004). Polivox é também o nome do CD que reúne composições e poemas musicados por Rodrigo, que é tradutor de poetas como Sylvia Plath, Whalt Whitman e Rimbaud. Mantém o blogue http://estudiorealidade.blogspot.com/.


No quadro das dicas culturais, temos as sugestões da poeta e letrista Alice Ruiz.


O sonar apresenta uma adaptação sonora do poema Maus lençóis, de Ruy Proença.


A trilha do programa inclui faixas do CD Polivox, de Rodrigo Garcia Lopes, e um trecho de O Superman, música de Laurie Anderson.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

PROGRAMA Nº 12


Alice Ruiz / Foto: Lucila Wroblewski
Fonte: http://www.aliceruiz.mpbnet.com.br/

Para ouvir, clique aqui. 


Nossa entrevistada no décimo segundo Ondas Literárias é a curitibana Alice Ruiz. A poeta já publicou diversos livros, como Navalhanaliga (1980), Vice versos (1988, que recebeu o prêmio Jabuti de poesia em 89) e Yuuka (2004). Também se dedicou à tradução e à divulgação do haicai em livros como Dez Haiku (1981) e Céu de Outro Lugar (1985). Como letrista, Alice tem parcerias com diversos músicos, como Arnaldo Antunes, Ceumar, Zé Miguel Wisnik e Zeca Baleiro. Em 2005 lançou seu primeiro CD, Paralelas, em parceria com a cantora e compositora Alzira Espíndola.
No quadro das dicas culturais, temos as sugestões da poeta e tradutora Virna Teixeira.

O sonar apresenta a faixa "Ítaca", do CD Polivox, de Rodrigo Garcia Lopes, que irá conversar conosco no próximo programa.

A trilha do programa inclui as faixas "Ladainha" e "Reza em Fá" ,do CD Paralelas, e também trechos das músicas "Socorro" (parceria de Alice Ruiz e Arnaldo Antunes), "Sem receita" (parceria de Alice Ruiz e José Miguel Wisnik) e "Milágrimas" (parceria de Alice Ruiz e Itamar Assumpção).

sexta-feira, 16 de maio de 2008

PROGRAMA Nº 11

ga



A entrevistada de nosso décimo primeiro programa é Virna Teixeira. A poeta e tradutora nasceu em Fortaleza e mora em São Paulo há vários anos, onde trabalha como neurologista. Publicou dois livros pela 7Letras, Visita (2000) e Distância (2005). Colabora com várias revistas de poesia e periódicos. Virna mantém o blogue Papel de Rascunho.


Nas dicas culturais, confira as sugestões de Ademir Assunção.

E no quadro sonar, apresentamos a adaptação sonora de um poema de Ronald Polito, "Bem, nem a sós", do livro Terminal (2006).

A trilha do programa inclui trechos das seguintes músicas: 1)"O outro", poema de Mário de Sá Carneiro musicado por Adriana Calcanhoto, 2) "The story", música de abertura do filme "Um beijo roubado", de Wong Kar-Wai, interpretada por Norah Jones, 3)"Mull of Kintyre", em versão do CD Best of Highlands e 4) "Sheela Na Gig", composta e interpretada por PJ Harvey. O programa também traz trechos de diálogos dos filmes "Trainspotting", de Daddy Boyle, e "8 femmes", de François Ozon.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

PROGRAMA Nº 10


Nosso entrevistado é o poeta, letrista e jornalista Ademir Assunção. Ademir nasceu em Araraquara (SP), em 1961, e se formou em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina. Como jornalista, trabalhou em diversos veículos como O Estado de São Paulo, Folha de Londrina e a Folha de São Paulo. Publicou os livros de poesia LSD Nô (1994), Cinemitologias (1998) e Zona Branca (2001), e o livro de prosa A máquina peluda (1997). Tem também várias parcerias musicais, algumas que estão em seu CD Rebelião na Zona Fantasma e é um dos editores da Revista Coyote.

Nas dicas culturais, quem nos dá suas sugestões é o poeta Ronald Polito.

Errata: no quadro sonar do programa 9, anunciamos a música “Fundamental”, mas tocamos a música “Sabiá” (Chico Buarque/Tom Jobim), executada por Paula e Jaques Morelenbaum junto com o músico japonês Ryuichi Sakamoto. Vamos, neste programa sim, ouvir a faixa que é fruto de uma parceria da cantora e compositora Alzira Espíndola com a poeta e letrista Alice Ruiz.

A trilha deste programa conta com as faixas "Nada demais" e "O coisa ruim", do CD Rebelião na Zona Fantasma, de Ademir Assunção, e a música "Tchori tchori", de Marlui Miranda e Uakti.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

PROGRAMA Nº 9



 
Para este programa, entrevistamos Ronald Polito. Ele nasceu em 1961, na cidade mineira de Juiz de Fora. Além de poeta, Ronald é tradutor, editor e historiador, e publicou diversos livros sobre história e política. No Brasil, foi professor na Universidade Federal de Ouro Preto, e, no Japão, lecionou na Universidade de Estudos Estrangeiros de Tóquio. Dentre seus seis livros de poemas, destacam-se Solo (7Letras, 1996), Intervalos (7Letras, 1998) e De passagem (Nanquim Editorial, 2001).

Quem nos dá as dicas culturais é o poeta Paulo Ferraz.

No quadro sonar, a faixa apresentada foi “Sabiá”, composta por Tom e Chico, e interpretada por Ryiuchi Sakamoto, Jaques e Paula Morelembaum.

A trilha sonora do programa traz trechos de músicas de Haruomi Hosono, Ryiuchi Sakamoto, Claude Debussy e Tom Jobim e Chico Buarque.

PROGRAMA Nº 8


 Para ouvir, clique aqui.

Em nosso oitavo programa o entrevistado é o poeta Paulo Ferraz. Ele nasceu no Estado do Mato Grosso em 1974. É bacharel em Direito e mestre em Teoria Literária. Publicou Constatação do óbvio (1999), De novo nada (2007) e Evidências pedestres (2007) pelo selo Sebastião Grifo, que fundou com os poetas Matias Mariani e Pedro Abramovay. Foi também um dos editores da revista Sebastião, pelo mesmo selo e dedicada a fomentar o debate acerca da poesia brasileira contemporânea. Tem poemas publicados nas antologias Paixão por São Paulo - antologia poética paulistana, organizada por Luiz Roberto Guedes (São Paulo: Terceiro Nome, 2004) e Antologia Comentada da Poesia Brasileira do Século 21 (São Paulo: Publifolha, 2006), organizada por Manuel da Costa Pinto.

Nas dicas culturais, quem nos dá suas sugestões é o poeta Ricardo Aleixo.

No quadro sonar, confira o poema "Querência", de João da Cunha Vargas, musicado por Vitor Ramil. O trabalho faz parte de seu CD Longes (2004).
A trilha incidental do programa conta com trechos da música composta por André Abujamra ”O mundo”, interpretada por Ney Matogrosso e Pedro Luís & a Parede.



Querência

Deixei a velha querência
Saí de lá mui novinho
Com tabuleta ao focinho
E a marca já descascada
Ponta da cola aparada
Sinal de laço ao machinho

Por estes campos afora
Deste Rio Grande infinito
De pago em pago ao tranquito
Repontando o meu destino
Do campo grosso pro fino
Fui me criando solito

Angico, Mariano Pinto
Picada onde me criei
Por tudo ali eu andei
Bebendo e jogando a tava
Bem montado sempre andava
Corri carreira e dancei

Cruzei picadas escuras
Prum baile ou jogo de prenda
Derrubei porta de venda
Pra tomá um trago de canha
E esporeei boi na picanha
Em tudo que foi fazenda

O que viesse eu topava
Serviço, festa ou peleia
Cortei muita cara feia
De indiozito retovado
E amancei muito aporreado
Com pé-de-amigo e maneia

Um dia me deu saudades
E eu fui rever o meu pago
Sentir da china o afago
E o vento frio do pampeiro
No coração caborteiro
Do meu peito de índio vago

O tempo passou, lá se foi
E eu não queria que fosse
Tudo pra mim terminou-se
Nem eu sou mais o que era
A estância virou tapera
E o que era xucro amansou-se

E hoje só o que me resta
É o pingo, o laço e o pala
Pistola, só com uma bala
E a estrada pra bater casco
No cano da bota um frasco
E um fiambrezito na mala!


(João da Cunha Vargas)

PROGRAMA Nº 7


Em nosso sétimo programa o entrevistado é o mineiro Ricardo Aleixo. Nascido em Belo Horizonte, no ano de 1960, é poeta, artista visual e sonoro, compositor, performador, ensaísta e professor de Design Sonoro na Universidade Fumec. Publicou, entre outros, os livros Trívio e Máquina Zero. É um dos poetas presentes na antologia Esses poetas – Uma antologia dos anos 90 (Aeroplano, 1998). Como solista ou integrante da Cia. SeráQuê? e do Combo de Artes Afins Bananeira-ciência, já se apresentou na Argentina, na Alemanha, em Portugal, na França e nos EUA. Desde julho de 2007 concentra suas atividades de criação e pesquisa no LIRA (Laboratório Interartes Ricardo Aleixo), onde também oferece oficinas, cursos e aulas particulares nas áreas em que atua. Mantém o blog http://www.jaguadarte.blogspot.com/.

Nas dicas culturais, quem nos dá suas sugestões é o poeta Fabio Weintraub.

O quadro sonar traz esta semana a adaptação sonora - feita por Rafael Agra sobre a leitura de Celso Borges - do poema “de uma crítica publicada num suplemento cultural de domingo”, do livro Evidências Pedestres, de Paulo Ferraz.

A trilha incidental do programa conta com trechos das seguintes músicas: 1)”1 x 0”, de Pixinguinha, 2) "Fio maravilha", de Jorge Bem e 3) Prélude à l’après midi d’un faune, de Claude Debussy.

DE UMA CRÍTICA PUBLICADA NUM SUPLEMENTO CULTURAL DE DOMINGO


I. (o artista : um retrato)

A estréia de J.G.C. aos
32 anos, na quinta-
feira, é a certidão de nasci-
mento de um artista em dia com as
demandas de nosso tempo.
Tendo, nos últimos 12
se dedicado a oficinas,
cursos, viagens e visitas
a exposições, sua obra pôde es-
perar o momento certo
para eclodir, não sofrendo
da habitual ingenuidade
que caracteriza todos
os dublês de Duchamp, pois o
seu domínio sobre o espaço e
sobre a matéria é absoluto,
bem como sua força suges-
tiva, tanto que estimula
sensações inexistentes
em um público pouco ou nada
familiarizado com a
realidade que retrata.


II. (o artista : depoimento)

Estudei dos 20 aos 30
na Europa, tempo de intenso a-
prendizado, mas só conto os
dois anos depois da volta, es-
senciais para a concreção do
meu estilo, pois passei longos
meses nas ruas e favelas,
freqüentei cortiço, abrigo e
bueiro, conheço essa gente
pelos nomes, inclusive
seus cachorros, cheguei mesmo a
me sentir igual a eles.

III (a obra : o conceito)

Foi essa bizarra experiência
que lhe permitiu trazer à
galeria sacos e sacos
de latinhas de alumínio,
pilhas de papelão (os quais o
público pode tocar) e
duas carroças que estão livres
para quem quiser puxá-las.
A cena é um divertimento à
parte: há muito riso, já que
nem sempre os músculos das a-
cademias são aptos para
vencer os quilos de entulho. As
demais obras aprofundam-
se nesse universo excluído:
bancos (camas) de concreto
salpicados de excrementos,
panos puídos pendurados,
secando ao sol (um holofote) --
fachos que atravessam os furos
criam uma trama no espaço
--, cobertores embebidos
em querosene na espera
de um fósforo e, o principal, um
barraco inteiro, legítimo,
no qual entram dez pessoas de
cada vez. Lá: colchões velhos,
recortes tampando as frinchas
das paredes (o olho atento a-
qui diferencia as texturas
de cada, das tantas, tábua),
panelas com restos pelos
cantos e roupas imundas --
tudo bastante insalubre. A
visita não dura mais que
dois minutos, e é tão real que
na estréia alguns vomitaram.
J.G.C esperava o
vômito de quem, como ele,
não sabe o que é o inabitável.

V (nota final)

Os antigos moradores
foram com justiça pagos
pelo barraco e por tudo
que eles tinham, inclusive as
roupas, podendo a família
toda regressar ao mato
do qual os coitados nunca
deviam ter posto o pé fora.
Se você ficou curioso,
mas crê que toda a sujeira
pode te macular, saiba
que os monitores do evento
num átimo providenciam a
completa assepsia de todos
logo que se sai da sala.

(ah, o vinho era de ótima safra)

(Paulo Ferraz)

PROGRAMA Nº 6




O entrevistado de nosso sexto programa é o poeta paulistano Fabio Weintraub. Nascido no ano de 1967, formou-se em Psicologia pela Universidade de São Paulo, onde cursa atualmente o mestrado em Teoria Literária. Publicou três livros de poemas: Sistema de Erros (1996), vencedor do Prêmio Nascente em 1994; Novo Endereço (2002), que recebeu dois prêmios - Cidade de Juiz de Fora e Casa de las Americas; e baque (2007), que foi feito com o apoio de uma bolsa da Secretaria de Cultura de São Paulo. Fabio também atua como crítico literário e editor.
Nas dicas culturais, confira as sugestões de Marcelo Montenegro, que já foi entrevistado em nosso programa.

No quadro sonar, apresentamos os seguintes trabalhos: uma adaptação sonora do poema "paizinho", do livro inédito Mateus, de Priscila Figueiredo; e um audiopoema de Ricardo Aleixo.

A trilha incidental do programa conta com trechos das seguintes músicas: 1) "Seguimi", de Cesare Picco; 2) "o buraco do espelho", de Arnaldo Antunes; e 3) "Castle Dance ", de Cesare Picco.

Paizinho
Paizinho
se aconchegue a mim
não pensemos no passado
no mundo passado
Você é minha criança
também senti a torpeza lá fora
também corri ao abrigo
...
Você tem esta ferida?
E esta outra aqui?
Pare de lutar
sua cabeça está branca
Há um mercado aqui perto
onde se compra barato
Largue o corpo --
o que você disser
eu também direi
(Priscila Figueiredo)

PROGRAMA Nº 5



Em nosso quinto programa, confira a entrevista com Marcelo Montenegro. Ele é natural de São Caetano do Sul, e nasceu em 1971. Publicou o livro de poemas Orfanato Portátil (Atrito Art Editorial, 2003) e, ao lado dos músicos Marcelo Schevano, Flavio Vajman, Marcello Amalfi e Fábio Brum, criou o espetáculo “Tranqueiras Líricas”. Em 2006 integrou o “A(u)tores em Cena”, do Itaú Cultural, com escritores contemporâneos sendo dirigidos por diretores de teatro. É roteirista, editor de vídeo e membro do grupo de teatro Cemitério de Automóveis, no qual opera luz e sonoplastia.


Nas dicas culturais, confira as sugestões de Donizete Galvão, nosso entrevistado da semana passada.


No quadro sonar, apresentamos dois poemas: o primeiro deles é “A árvore no sonho”, trabalho inédito do poeta e editor Francisco dos Santos. O segundo deles, é “Gerenciamento anti-stress”, do livro Novo endereço (2002), de Fabio Weintraub.


A trilha incidental do programa conta com trechos das seguintes músicas: 1) "Próxima encarnação", de Itamar Assumpção e Naná Vasconcelos; 2) ""Filho de Santa Maria", de Itamar Assumpção e Paulo Leminski; e 3) "Quando ", de Roberto Carlos.


a árvore no sonho


a árvore no sonho
dentro dele as coisas que entram pelo olho misturam-se às coisas amorfas
sua mãe vem em sua direção e nunca acaba de chegar
retira da árvore um filhote gordo, branco, contempla-o em sua desgraça de pássaro
depois volta-o as ramas rendadas de escamas
sua mãe vem em sua direção e nunca acaba de chegar, ela tem dois rostos e se debate
entre as ramas uma cobra se move lentamente, como ferrugem, como olhos carcomidos
sai de sua boca um navio, todos os mastros quebrados
(Francisco dos Santos)


Gerenciamento Anti-Stress


Imagine um córrego
Há pássaros cantando
e o vento fresco da montanha
no céu de um azul limpíssimo
Aqui nada pode aborrecê-lo
Ninguém alcança esse lugar secreto
sem passagem para o mundo
A queda d'água
enche o ar de sons gentis
A água é transparência absoluta
Agora, sim, pode-se ver o rosto
daquele cuja cabeça
você comprime sob a água
(Fabio Weintraub)

segunda-feira, 31 de março de 2008

PROGRAMA Nº 4



O quarto programa de Ondas Literárias tem o prazer de apresentar uma entrevista com o poeta mineiro, residente em São Paulo, Donizete Galvão. Donizete nasceu em Borda da Mata no ano de 1955 e até hoje publicou sete livros de poemas. Entre eles, o livro de estréia, Azul Navalha (1988), com o qual recebeu o prêmio APCA de autor revelação e indicação para o prêmio Jabuti; Ruminações (2000); Pelo corpo (2002) - este em parceria com Ronald Polito -; e Mundo mudo (2003).
Nas dicas culturais, confira as sugestões de Claudio Daniel, que já conversou conosco na semana passada.
No quadro sonar, apresentamos dois poemas de Marcelo Montenegro, gravados ao vivo no evento "Outros bárbaros", evento que aconteceu em São Paulo em maio de 2006.

segunda-feira, 24 de março de 2008

PROGRAMAS Nº 2 E 3

PROGRAMA Nº 2


Nosso segundo programa traz uma entrevista com o poeta pernambucano, radicado em Santo André (SP), Fabiano Calixto, que publicou os seguintes livros de poemas: Algum (1998), Fábrica (2000), Um mundo só para cada par (em parceria com Kleber Mantovani e Tarso de Melo, 2001), Música possível (2006) e Sangüínea (Editora 34, 2007). Publicou também o livro de poemas infantis Pão com bife (2007). Organizou, com André Dick,o livro A linha que nunca termina – Pensando Paulo Leminski (Lamparina, 2005) e traduziu poemas de autores como Jim Morrison, Apollinaire, John Lennon e Sylvia Plath.É também um dos editores da revista de poesia Modo de Usar & Co.



Nas dicas culturais, confira as sugestões de Celso Borges, nosso entrevistado da semana passada. E no quadro sonar, apresentamos adaptações dos seguintes poemas: "A canção do vendedor de pipocas", do livro Sangüínea (2007), de Fabiano Calixto; e "Schopenhauer", do livro A sombra do Leopardo (2001), de Claudio Daniel.



PROGRAMA N°3


 Acompanhe em nosso terceiro programa a entrevista com o poeta, tradutor e ensaísta Claudio Daniel. Natural de São Paulo, nasceu em 1962. Publicou diversos livros, dentre os quais, os livros de poemas A sombra do leopardo (2001, vencedor do prêmio Redescoberta da Literatura Brasileira, oferecido pela revista CULT) e Figuras Metálicas (2005) e o livro de contos Romanceiro de Dona Virgo (2004). Traduziu poemas de autores como o cubano José Kozer e o argentino Reynaldo Jiménez. Organizou as antologias Jardim de Camaleões, A Poesia Neobarroca na América Latina (2004), Ovi-Sungo, Treze Poetas de Angola (2007) e Na Virada do Século, Poesia de Invenção no Brasil (Landy, 2002), em co-autoria com Frederico Barbosa. Na Internet, é editor da ótima revista eletrônica Zunái. Vale a pena conferir os ensaios, poemas e trabalhos plásticos apresentados em cada edição da revista no site http://www.revistazunai.com.br/ .
Nas dicas culturais, confira as sugestões de Fabiano Calixto, nosso entrevistado da semana passada.

No quadro sonar, apresentamos adaptações dos seguintes poemas: "O poço", do livro As faces do Rio (1991), de Donizete Galvão; e "Casino", do livro Rilke Shake (2007), de Angélica Freitas.

O poço

1
O poço não é um buraco com água a céu aberto,
mas cristal líquido, cravado no tijuco cinza.

Cada dia o poço é um e está mudado em outro:
à custa de tanto uso, cada manhã mais novo.

Sempre outra é a dança dos círculos até a borda.
que pouca pedra basta para infinitos movimentos.

A primeira água do poço não serve para o pote.
pois sempre há cisco, insetos ou pele de ferrugem.

Entretanto, o fundo do poço tem belezas de parto:
a mina lança brotos de água e insufla areia fina.

Se à noite chove, o poço turva-se como quem morre.
Não amanhece espelho e sim buraco com água suja.

2
Beber água do poço, direto, sem caneca, exige tento,
pois a concha da mão não basta para quem tem sede.

Um modo elegante de para o poço fazer reverência
é tirar o chapéu e mergulhá-lo,agora mudado em copo.

O suor pode botar gosto de sal na água doce do chapéu,
mas o que refresca a garganta, também a cabeça esfria.

Outro modo, é quando há por perto folhas de inhame.
A água desliza no verde com sua película de prata.

E as gotas, na corda bamba, tais quais aquáticas bailarinas,
bailam tão puras, que a gente sente pena de bebê-las.

Mais um modo, é como o papa deitar-se de corpo inteiro:
a boca beija a água e, do fundo, outro olho nos enxerga.

Enquanto se engole a água, as costelas roçam o chão.
Não se sabe se o pulsar é dela, terra, ou dele, coração.

(Donizete Galvão)




casino
você prefere o cru
ao creme:
boca ostra língua
lago lua lugar
paisagem com pinheiros
ao fundo. você sempre
preferiu o cru
ao écrã, insônia a
barbeiro de sevilha.
paisagem de pinheiros
com abismo
por trás.
você precisa
habitar as elipses
precisa dissecar
o sapo da poesia
- não abole o poço.
salta saltador
o grande salto.
a maresia come
as rodas do carro.
você prefere o cru
nem precisava
ter dito.
(Angélica Freitas)




terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

PROGRAMA Nº 1



O programa Ondas Literárias estréia na Rádio Cultura Brasil (1200 kHz) neste sábado, dia 25 de outubro, às 10h30. É possível ouvir o programa também pelo site www.redeculturabrasil.com.br.

Em nosso primeiro programa, o quadro viva-voz irá apresentar um bate-papo com o poeta maranhense, radicado em São Paulo, Celso Borges. Ele é jornalista e, entre seus livros, destacam-se Persona non grata (1990) e Nenhuma das respostas anteriores (1997). Tem dois livros-cd's: XXI, no qual seus poemas impressos vêm acompanhados pelo registro em áudio da leitura de 21 poetas maranhenses, e música, que conta com a colaboração de vários artistas, entre poetas, músicos e compositores como Ademir Assunção, Vitor Ramil, Zeca Baleiro e Chico César.

No sonar, confira uma faixa desse trabalho, “linguagem”, interpretada pelo Cordel do Fogo Encantado.